Existem muitos tipos de pedal, um componente pequeno mas de grande influência.

O pedal pode ser um “detalhe” que passa despercebido para alguns ciclistas, mas é uma parte importantíssima da bicicleta.

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Existem muitos tipos de pedal diferentes, e a escolha do pedal apropriado leva em consideração o modelo da bicicleta, o lugar onde se pretende pedalar e, claro, preferências pessoais.

“É importante lembrar que todos os tipos de pedal podem ter desde modelos muito simples até modelos muito rebuscados”, diz Talita Noguchi, proprietária da bicicletaria Las Magrelas, em São Paulo.

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A maioria das bicicletas costuma vir sem pedais, já que o ciclista pode transferir seus pedais favoritos de uma bike para outra. Os pedais têm preços muito diferentes, que levam em consideração o tipo do pedal e o material de que são feitos.

CLIPADO OU SEM CLIPE?

pedal clipado
Bike com ciclista “clipado”.

Os pedais de clipe servem para fixar a sapatilha ao pedal. Cada sistema tem suas particularidades, e é preciso “casar” pedal e sapatilha para que o sistema funcione corretamente. Estes pedais utilizam os “taquinhos”, peças presas ao solado da sapatilha, para grudar o pé no pedal.

A grande vantagem é o aumento da eficiência do pedal, já que é possível imprimir energia à pedalada tanto na hora de empurrar o pedal para baixo quanto de puxar o pedal para cima, aproveitando todo o ciclo da pedalada.

Sem clipe, o ciclista pedala “com um pé de cada vez”, ou seja, apenas o pé que está descendo está agindo sobre a bike.

O clipe também elimina as chances de perder o pedal no meio da pedalada. O firma-pé (ou gaiola) pode ajudar nestas funções, mas se não estiver bem ajustado, também vai possibilitar a perda de energia durante a pedalada.

No entanto, nem só de clipe e fima-pé vivem bons pedais. “Existem modelos de pedais “simples” que não contam com sistema para prender o pé ao pedal, mas que têm excelente grip, fundamental para modalidades como o BMX e o bike trial”, explica Talita.

COSTUME É TUDO

Para pedalar clipado é preciso experiência – é raro quem não sofra algumas quedas bobas ao se acostumar a clipar e desclipar o pé do pedal. Para desencaixar o pé do pedal, basta fazer o movimento de “girar” o pé – mas iniciantes costumam esquecer disso.

TIPOS DE PEDAL DE BICICLETA

CONVENCIONAL/NYLON

pedais de nylon
Pedal de nylon com refletores

O tipo de pedal mais comum que existe, normalmente encontrado em bikes de entrada e bikes de passeio. Podem ser usados por qualquer um.

Existem diversas opções de material, com refletores ou sem. Este pedal não conta com nenhum sistema para prender o pé ao pedal. Os modelos de nylon são os mais baratos – e menos duráveis.

PEDAL PLATAFORMA

pedal plataforma
Modelo plataforma em alumínio.

Também é um pedal sem sistema para prender o pé ao pedal, mas sua largura é maior, para aumentar a área de contato e estabilidade ao pedalar.

Por seu espaço amplo, são ideais para instalar firma-pé (faixas ou “gaiolas” para, como o nome diz, firmar o pé ao pedal, sem a necessidade de usar sapatilha).

PEDAIS DE CLIPE PARA SPEED

sapatilha e pedal de speed
Um exemplo de pedal + sapatilha de clipe de estrada.

Os pedais de speed têm taquinhos maiores, geralmente em formato triangular, com área maior e uma rigidez muito grande, otimizando a transferência de energia para o pedal, fundamental para pedalar na estrada.

Este tipo de pedal conta com um sistema de molas que podem ser ajustadas para deixar o encaixe mais duro (oferecendo firmeza) ou mais solto (facilitando o encaixe e desencaixe).

As sapatilhas de estrada são leves e aerodinâmicas, já que não é necessário desclipar nem desmontar da bicicleta durante o pedal. Existem algumas variações, dependendo da marca.

PEDAIS DE CLIPE PARA MTB

As sapatilhas de MTB costumam ter o taquinho na frente e um solado grosso e cravado ao redor, já que é bastante comum o ciclista desmontar da bicicleta para passar por trechos acidentados ou ter que empurrar a bike em algum momento.

Estes são alguns dos principais modelos disponíveis no mercado:

 SPD SHIMANO

Um dos muitos modelos da Shimano.

Um dos modelos mais comuns para mountain bikes, o modelo da japonesa Shimano É robusto e permite ajuste de pressão, bom para quem ainda não está tão acostumado com pedalar clipado.

Tem encaixe dos dois lados, o que pode ser conveniente se um lado ficar muito sujo de lama ou tiver um defeito inesperado.

Também existe um modelo “misto”, que traz o encaixe de um só lado, possibilitando o pedal sem o uso da sapatilha – ótimo para poder pedalar sem sapatilha nem ter que trocar o pedal da bike.

Essa possibilidade também é conveniente em momentos mais arriscados da trilha, para que seja possível pedalar com firmeza mas sem estar clipado, o que pode ser bom em caso de queda.

SHIMANO CLICKR

Exemplo de modelo da linha Clickr da Shimano.

Alternativa ao sistema SPD, tem engate e desengate mais fáceis, bons para pedal urbano onde o ciclista clipa e desclipa com muita frequência.

LOOK S-TRACK e TIME ATAC

pedal da francesa Look
Modelo de pedal S-Track, da francesa Look.

Criados por marcas menos usadas no Brasil (as francesas Look e Time), também são modelos de pedal criados para acumular menos lama durante o pedal na trilha.  O S-Track é especialmente leve, usados por ciclistas avançados ou profissionais.

modelo de pedal da francesa Time
Exemplo de modelo da linha ATAC da francesa Time.

EGG BEATER

o pedal eggbeater
Um modelo egg beater, da Crankbrothers.

Feito pela Crankbrothers, é pensado para acumular menos lama e oferecer eficiência e leveza. O “lado bom” deste modelo é que ele tem quatro lados iguais, o que facilita o encaixe em qualquer posição. O “lado ruim” é que ele solta mais fácil, já que seu design minimalista não conta com um sistema de molas para ajustar o encaixe da sapatilha no pedal.

BMX e BIKE TRIAL

exemplo de pedal de BMX
Um pedal de BMX, cravado.

O primeiro é um pedal plataforma com cravos, o segundo é vazado, leve e afiado (versões mais modernas também podem ser feitas de nylon).

um modelo de pedal de bike trial
Pedal de bike trial.

Estes são os pedais mais “temidos” do ciclismo, já que não são encaixados na sapatilha e podem causar um bom estrago se baterem na canela – por isso é comum ver os ciclistas destas modalidades pedalarem de caneleira.